quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Doença: Desequilíbrio entre Alma e Personalidade


"...e embora em nossa mente física não possamos estar cientes do motivo do nosso sofrimento, que pode nos parecer cruel e injustificado, nossas Almas conhecem todo o propósito, e estão nos guiando para que tiremos de tudo o máximo proveito." 
Edward Bach 

Vários médicos e pesquisadores, (dentre eles: Hipócrates, Paracelso, Hahnemann, Edward Bach, etc.) desde a antiguidade, postulam que a doença e seus sintomas têm a capacidade de mostrar aos doentes seus conflitos e que, a medicina, em seus métodos de tratamento, deve ser uma medicina holística (holismo vem do grego “holos”, que significa “o todo”. 

Aparece pela primeira vez na obra “Holismo e Evolução”, de Jan Smuts, em 1921, governador britânico no sul da Índia), considerando que o ser humano é um todo composto de corpo, mente, emoções e alma, formando uma unidade – e, dessa forma encontrar a “verdadeira cura” para seus males. 

Hipócrates, Paracelso, Hahnemann e Bach criaram e desenvolveram os fundamentos de uma medicina holística, que ao invés de tratar a doença trata o ser como um todo, trata a personalidade – as naturezas mentais, emocionais e espirituais. Se há harmonia entre esses campos, a doença desaparece. 

A concepção holística percebe o universo como um todo harmonioso e indivisível. A saúde holística preocupa-se com o bem-estar do ser total, não limitada aos sintomas da enfermidade. Ela está baseada na premissa que corpo, mente e espírito formam uma unidade indivisível e que a desarmonia em um desses níveis causa a doença. 

Esta medicina tem uma concepção fisiológica da doença, iniciada por Hipócrates: explica a origem da doença a partir de um desequilíbrio entre as forças da natureza que estão dentro e fora da pessoa. Centra-se no paciente como um todo, e no seu ambiente, evitando ligar a doença a perturbações de órgãos corporais particulares. 

Para Edward Bach (1886 – 1936), a doença é um conflito entre a personalidade e a Alma. Esse conceito era muito avançado e sofisticado para a época. 

Bach acreditava que se o conflito fosse detectado e superado, a doença poderia ser evitada, dessa forma prevenindo o aparecimento do mal físico. Esse conflito entre personalidade e Alma, segundo Bach, tinha origem em dois erros primordiais, dois "pecados" contra a vida e a unidade: os seres humanos é que causam desequilíbrios, que têm origem no egoísmo (a Alma é perfeita). E, na crueldade para com as outras pessoas. 

As causas fundamentais das enfermidades são defeitos mentais-emocionais - e, além do egoísmo são: orgulho, injustiça, ódio, narcisismo, ignorância, instabilidade, medo e cobiça. Bach julgava a doença benéfica para o paciente - o verdadeiro caminho para a "cura". 

E, a Alma está sempre no comando, orientando, apaziguando a pessoa que permite-se ouvi-la. 

Bach formou-se em medicina - tendo especializações em cirurgia, bacteriologia, patologia e, posteriormente em homeopatia – e não se conformava com os tratamentos que ele considerava paliativos e, acreditava haver um meio de “curar” realmente. Começou a pesquisar um novo sistema de tratamento, através de “remédios” obtidos de plantas e flores – “eles curam, não pelo ataque à doença, mas por inundar nossos corpos com as belas vibrações de nossa Natureza Superior, na presença da qual a doença derrete como a neve sob a luz do sol...... E, finalmente, eles alteram a atitude do paciente tanto em relação à doença quanto em relação à saúde...

A saúde existe quando há perfeita harmonia entre Alma, mente e corpo e essa harmonia, e unicamente ela, precisa ser alcançada antes que a cura possa se realizar.” 

“...Consideremos agora porque a medicina deve tão inevitavelmente mudar. A ciência dos últimos duzentos anos tem encarado a doença como um fator material, que pode ser eliminado por meios materiais, o que, naturalmente, está completamente errado. 

A doença do corpo, como a conhecemos, é um resultado, um produto final, um estágio final de algo muito mais profundo. A doença origina-se acima do plano físico, mais próximo do mental. É totalmente o resultado de um conflito entre nosso Eu Espiritual e nosso Eu Mortal. Enquanto estes dois 'eus' estiverem em harmonia, temos saúde perfeita. Mas, quando há discórdia, ocorre o que conhecemos como doença.” 

Os florais de Bach, atuam através do tratamento do indivíduo e não da doença, harmonizando sua condição emocional, para que, através da transformação das atitudes em estados mais positivos, possa ser estimulado seu potencial de auto-cura. Desta forma, como consequência de uma mudança interna, pode ser restaurada a saúde física, já que o equilíbrio interior passa a auxiliar no combate à doença. 

Em 1930, Bach deixou Londres e foi morar no campo. Experimentou, em si mesmo, os estados mentais negativos que descreveu, até sofrer a doença física e, buscar a flor que o curasse. Assim ele encontrou as 38 flores e, delas, as essências florais. Todas as essências usadas em seu método de tratamento, são obtidas a partir de flores, arbustos ou árvores silvestres. 

Bach postulou: “ Na escolha dos remédios, precisamos considerar seu estado evolutivo em relação ao homem – os metais são subumanos. O uso de animais implicaria no emprego de crueldade e não deve haver nenhum traço dela na divina arte da cura. Assim, resta-nos o reino vegetal.” As essências florais são definidas como “ soluções líquidas infundidas de padrões, feitas com as flores de determinadas plantas que contêm uma marca específica que responde – equilibrando, reparando e reconstruindo – os desequilíbrios dos seres humanos nos níveis físico, emocional, mental e espiritual ou universal.” 

Não há moléculas das substâncias nos remédios florais e sim, energia das plantas. Os florais não são prescritos segundo o mal estar físico, mas sim, de acordo com o estado mental e emocional do paciente. As essências tratam os doentes e não as doenças. Bach substituiu o “similia similibus curentur” de Hahnemann por - “a virtude oposta cura a falha.” 

O método de Bach não consiste em repelir a influência adversa mas, em transformá-la na virtude oposta e, através dessa virtude expulsar a imperfeição. 

A doença é um estado do ser humano que indica que há um desequilíbrio, que não há harmonia. O sintoma é um sinal e um transmissor de informação pois, o seu aparecimento interrompe o fluxo da vida e, obriga o indivíduo a prestar-lhe atenção. 

A cura acontece pela transmutação da doença e não pela “vitória” sobre um sintoma. 

O Dr. Bach pesquisou flores, criando um tratamento para os estados mentais e emocionais que, geram as doenças. E, esses estados podem ser tratados amorosamente, pelas essências florais de Bach. 

Texto registrado na Biblioteca Nacional
Direitos Autorais de Martha Follain 
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Fonte: www.floraisecia.com.br