sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Sabedoria de Cura


Denomina-se sabedoria inata do corpo a habilidade inata (congênita) que nosso corpo tem de se curar em todos os níveis. 

Muitas vezes quando nos cortamos, percebemos que isso ocorreu somente quando já se está em processo de cicatrização. Nosso organismo entra em atividade e processa uma série de transformações que revertem a lesão. E a cura completa do corte se processa.

Como o corpo sabe exatamente onde e como agir para que esse corte fosse curado? 

É essa energia sutil, que transcende nossa capacidade de entendimento lógico que denominamos de sabedoria inata do corpo. 

Podemos perceber essa energia também em diversos momentos de nosso dia a dia. Quando nos alimentamos, o aparelho digestivo, juntamente com todas as outras partes do corpo, sabe exatamente o que fazer e em que momento. Existe uma energia sutil que conduz todo esse processo. 

O mesmo ocorre quando as células no ventre da mãe começam a se dividir e a formar as diversas partes do corpo do pequeno ser. A ciência sabe como isso acontece, mas não sabemos por que isso acontece, nem tão pouco sabemos como cada célula sabe exatamente para onde deve ir. Ela apenas faz. Ela é. 

Quando um coração é retirado para se transplantado em outra pessoa, essa energia ainda perdura por um certo tempo, por isso, a necessidade de ocorrer o transplante rapidamente. 

Essa é a energia vital que nos conduz. Todos nós a temos e todos nós a conhecemos. Ela não pode ser tocada, vista, mas todos nós sabemos, intuitivamente, que ela existe e o mais importante é que conseguimos sentir como tudo isso funciona. 

A nossa própria verbalização automática firma essa existência, pois sempre costumamos dizer que estamos sem energia ou com energia em excesso, ou dizemos que nosso corpo está precisando de um tempo para refazer suas energias, ou que nossa energia precisa fluir melhor. Outras vezes sentimos que determinada pessoa ou lugar também não tem uma energia boa. Algumas vezes precisamos retornar ao nosso lugar de nascimento como uma forma de renovarmos nossa energia. Quando passamos por determinadas experiências, nosso rosto fica vermelho, nosso coração acelera e sentimos algo percorrer nosso corpo e sabemos que não há como controlar isso. Ela ocorre independente de nosso desejo de direcioná-la. 

Essa é a nossa energia. Ela apenas é. 

É essa energia vital que a própria ciência quântica já confirmou ao afirmar: a energia vem primeiro, depois a matéria. 

Eis então, uma poesia para nos fazer pensar um pouco mais: 


"O homem não possui um Corpo distinto da Alma! 
Pois o que se chama de Corpo 
é uma parte da Alma Percebida pelos cinco sentidos, 
principais aberturas da Alma nesta era. 
A Energia é a única vida e provém do Corpo. 
A razão é o limite ou a circunferência exterior da energia. 
Energia é o deleite eterno." 

 Poema de William Blake (séc. XVIII)